Estou Relendo

O livro narra a história de John Daily, um executivo bem sucedido, técnico voluntário de um time de beisebol, casado e pai de dois filhos. Desde o início de sua vida John se via perseguido por um nome: “Simeão”. De todos os fatos e coincidências, ele não compreendia porque, sempre ao longe dos anos, tinha o mesmo sonho que lhe transmitia a mesma mensagem: “Ache Simeão e ouça-o!”.

Após um movimento sindical em sua fábrica, as constantes reclamações de sua esposa e a insubordinação de seus filhos, John começa a ver que nem tudo estava como planejara. Diante disso sua esposa sugere que ele vá se aconselhar com o pastor de sua igreja, que o indica a participar de um retiro num pequeno e relativamente desconhecido mosteiro cristão chamado João da Cruz, localizado perto do lago Michigan.

Uma das coisas que despertou seu interesse foi o fato do lendário Len Hoffman, um ex-executivo, ser um dos frades do local. Apesar de sua resistência, o receio de perder sua família, decidiu ir. Ao chegar foi recepcionado por padre Peter, e ao indagar sobre a programação descobriu que Len Hoffman seria responsável pelo curso de liderança, porém o que mais lhe surpreendeu foi o nome que Len tinha recebido no mosteiro: “Simeão”.

Durante as aulas ministradas, o debate inicial foi sobre a diferença entre poder e autoridade, e o conceito de liderança. Na continuidade discutiram sobre o velho e o novo paradigma, como não ter o cliente como inimigo, mas como aliado. Foi colocada a questão dos modelos de liderança dos quais Len acredita que a autoridade sempre se estabelece ao servir aos outros e sacrificar-se por eles, e isso trouxe a reunião questionamentos sobre o ato de amar, que, na visão de um líder, deve ser traduzido pelo comportamento e pela escolha, na união do falar e do fazer, deixando de lado o sentimento.


Mais conhecido como Amor Agapé, a bondade, o respeito e a paciência são uma de suas principais características. Sinônimo de liderança, este conceito, aqui, significa o que você faz e não o que você sente, ou seja, você pode odiar uma pessoa mais pode agir com amor. Sobre o ambiente foi ressaltada a importância do bom cultivo para uma boa colheita, que só podemos colher os frutos que plantamos, e que no âmbito profissional o ambiente de trabalho tem que ser saudável para estimular os funcionários.


A práxis ocorre quando um comportamento influencia nossos pensamentos e sentimentos. Quando nos comprometemos a amar alguém e a nos doar a quem servimos, e analisamos as nossas ações e comportamentos com esse compromisso, com o passar do tempo desenvolveremos sentimentos positivos por essa pessoa.

Exemplo

Exemplo: quando nos comprometemos a concentrar atenção, tempo, esforço e outros recursos em alguém ou algo durante certo tempo, começamos a desenvolver sentimentos pelo objeto de nossa atenção.

Na última reunião Len e o grupo conversaram sobre recompensas, após debaterem sobre o assunto chegaram a conclusão que a disciplina exigida para liderar com autoridade nos trará ganhos e benefícios, e que a recompensa da alegria é algo que traz satisfação interior e convicção de saber que você está verdadeiramente em sintonia com os princípios profundos e permanentes da vida.

Amar aos outros, doar-nos e liderar com autoridade nos força a quebrar nossos muros de egoísmo e ir ao encontro das pessoas. No livro “O monge e executivo” o autor James C. Hunter nos mostra todos os requisitos para nos tornarmos um líder ideal. Quando tentamos trazer à memória os líderes que nos marcaram, tanto sociais como empresariais, nos deparamos em pessoas que tinham ou tem algo cativante, diferente. O autor expressa em um texto fluido e emocionante este algo mais.

Semelhanças entre Líderes

Embora existam múltiplas definições para a liderança, é possível encontrar dois elementos comuns em todas elas: por um lado é um fenômeno de grupo e, por outro, envolve um conjunto de influências interpessoais, exercidas num determinado contexto através de um processo de comunicação humana com vista à conquista de determinados objetivos específicos.


As funções de liderança incluem, portanto, todas as atividades de influenciação de pessoas, ou seja, que geram a motivação necessária para pôr em prática o propósito definido pela estratégia e estruturado nas funções executivas.


Nos momentos de reflexão do texto nos deparamos em discurções que nos faz refletir a diferença entre poder e autoridade, sobre o amor, sentimento ou comportamento?, as influencias do meio e nossas escolhas nos negócios e na vida. Assim entendemos que o líder de hoje é muito diferente do de antigamente, pois ele deve ser muito mais um sábio do que um técnico, deve acompanhar todas as mudanças.


Além disso, antes o bom Líder era aquele que sabia mandar, e hoje ele deve saber compartilhar e investir nas pessoas para que elas dêem o melhor de si mesmas. Segundo José Tolovi Júnior, liderança é algo que se aprende.


Para o especialista, qualquer um pode tornar-se um líder, basta ter as ferramentas certas e muita determinação. “Porém, uma vez lá, o líder precisa tomar cuidado para não cair em certas armadilhas, pois Liderança também está cercada de perigos”.


Já Roberto Justus, acredita que Liderança é um dom, que a pessoa nasce um líder nato ou não. Para o executivo, desde criança já demonstramos se seremos líderes ou não. No conceito de liderança, os líderes desenvolvem habilidades básicas e o conhecimento necessário para compreender, predizer e influenciar o comportamento dos outros. Para James C. Hunter, o individuo não precisa ser chefe para ser líder.


“Liderança é você inspirar e influenciar o outro para ação. É influenciar pessoas com entusiasmo e trabalho para o bem comum”. A diferença entre poder e autoridade consiste em: “poder é força que funciona por um tempo, mas fica velho”; “Autoridade, ao contrário, é a habilidade em conseguir que as pessoas façam sua vontade por conta de sua influência pessoal”. Um bom exemplo de autoridade, segundo ele, são nossas mães. “Elas atingem esse status porque nos serviram e continuam a nos servir ao longo de nossas vidas”.



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O poder da psicologia na comunicação

Uma boa comunicação precisa ser clara, direta por parte do emissor e decodificável por parte do receptor. Ainda assim ela pode ser entendida e interpretada de maneira diferente da qual se propunha inicialmente, se levarmos em conta que tanto quem a transmite como quem a recebe é influenciado por diversos fatores, sejam por sua visão pessoal, experiências, hábitos, costumes, crenças, interesses comerciais, etc. A mesma informação ainda pode ter visões diferenciadas dependendo do momento em que é exposta, de quem a veicula e de qual meio se utilize para sua transmissão…



Este estudo é o tema principal da (1.6 Psicologia da Comunicação) e aborda dois temas de extrema importância a nós, Pregadores:

•Como fazer com que a comunicação seja entendida, absorvida e replicada como que por quem a propôs

•Quais são os fatos a se levar em conta pelo emissor a fim de gerar o impacto desejado?

Um material muito interessante está disponível para download. Clique no ícone abaixo para baixá-lo!

baixar

Obs: Os outros videos que estao no gache não são apropriados! Não Vejam...

Ministério Eféso Seque as Lagrimas



Clipe hi-tec dos irmãos do Eféso e Ministério Gades.

Gloria a Deus ...

Voz da Periferia


Evangelizar ?




Evangelismo com caminhão na Vila Natal (zona sul) SP. 21/11


Vasculhando coisas na minha máquina fotográfica "tabajara", encontrei fotos do evangelismo na Vila Natal e pensei em escrever algo sobre a coluna da Fé Cristã.



1º vamos a etimologia da Palavra Evangelho:

Em grego: τὸ εὐαγγέλιον κατὰ significa "boas novas" Há mais de 100 citações em toda a extensão do novo testamento. Eu poderia me estender a muitas linhas mas, não é necessário o importante é saber que evangelho é...

Digo que é coluna porque esta palavra representa o próprio Jesus e sua obra. Nascimento (encarnação), morte e ressurreição!

No livro a qual escreveu Marcos diz:

Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus; Marcos 1:1.

Jesus disse algo poderoso mediante indagação dos discípulos de João Batista: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. Mateus 11:5.

Receber a Jesus é receber um glorioso kit de "Boas Novas"




irmao Piassa Ministério Realidade Urbana


2º Jesus ordena a evangelizar (aqui complica um pouco, ou melhor, nós complicamos)


E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:1.

Este versículo se tornou "clichê" no nosso meio o que é triste, ouço muito nos hinos, em cultos de missões e é muito falado em programas de televisão. Estamos cumprindo este mandamento tão sublime? Veja o padrão bíblico em Atos:

"E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia". Atos 8:40

"E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio e Antioquia," Atos 14:21

"Tendo eles, pois, testificado e falado a palavra do Senhor, voltaram para Jerusalém e em muitas aldeias dos samaritanos anunciaram o evangelho." Atos 8:25


Pela Bíblia e no meu entendimento, evangelismo é corpo a corpo, de casa em casa, ou melhor: olho no olho, pregando, curando e fazendo discípulos. Hoje em dia o único grupo que faz algo semelhante aos tempos apostólicos são os famosos (torre de vigia) ou testemunhas de Jeová.



Um fato assustador!
Em nosso continente, algumas lideranças evangélicas gastam alguns milhões de reais em programa de televisão com o objetivo de evangelizar. Mas vocês sabem qual é a religião que mais cresce no Brasil desde 1970? É o espiritismo com mais de 70% fonte IBGE. Estamos cada vez mais acreditando em esforços humanos e recursos financeiros do que praticando a Palavra!

Digo sem medo de errar que a igreja (sendo corpo) perdeu o foco no evangelismo já faz um tempo...





VISTA DO CAMINHÃO COMUNIDADE DE VILA NATAL


3º A ordenança é para todos (ESTREITOU)

Jesus não disse: Ei, vocês meus discípulos (ou liderança) ide e pregai o Evangelho, ou Vós da Igreja (A) abençoada financeiramente, ou Vós da Igreja (B) pessoas intelectualmente capacitadas (inclui também os Teólogos) ide, ide pregai o Evangelho, não! Ele disse o ide para todos!


Seja o Advogado, médico, professor, faxineiro, eletricista, motorista, padeiro, pastor, obreiro, missionário, membro não importa; se você aceitou a Cristo nasceu de novo, foi batizado ide por todo o mundo e pregai...


Terceirizando o Evangelismo


Existe em nosso meio pessoas dedicadas que se consagram continuamente e vivem para Deus e sua obra. Sejam do universo do louvor, no ensino e ate mesmo bons pregadores. Isso é uma benção porem, o que acontece é que alguns são idolatrados como deuses e as igrejas contratam tais para evangelizar colocando aquele aparato de marketing com faixas, vinhetas em rádio e televisão que deixa agente enojado! Eximindo-se da responsabilidade. Irmãos devemos orar, onde estão os Evangelistas das nossas igrejas?

Não pense que sou sectarista ou generalize demasiadamente, apenas onde por alguns templos e veja o que esta sendo pregado e quem prega!

E tem aqueles que dizem: Olha o ministério tal foi lá na igreja (C) você soube? 12 almas. Tratam as vidas humanas como se fossem números e as colocam em suas coroas, que não serão de ouro!


Esquecem que aquele que semeia também deve regar ou capacitar outrem para o propósito "feito muitos discípulos" quem é faz discípulos para cristo hoje em dia e não para si próprio.


“Eu plantei; Apolo regou, mas Deus deu o crescimento." (I Co 3: 6, 9)





Valdeir Lider do Evangelismo ComCafe




4º Requisito básico para Evangelizar (ESTREITOU mais)


"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. "2 Timóteo 2:15


Medite em 2 Timóteo 2 e verá que tem tudo a ver com este contexto.


Leia também Mateus capitulo 10 e tire suas conclusões, vou citar aqui apenas o versículo 8


"Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai." Nem vou comentar ...



5º Pregar o Evangelho é anunciar o Reino de Cristo e seu poder. (ESTREITOU mais ainda)


Vocês leram o versículo acima né?


Olha o que Paulo disse sobre Evangelizar com poder:


"E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria.

Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.

E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor.

A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder;

Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” 1 Coríntios 2. 1-5



Que O Senhor tenha misericórdia de nós...

C.L. Ryderz – Lifestyles Of The Flesh & Spirit


1. Outro (The Flesh)
2. You Can Have It
3. Not Guilty
4. Too Much Power
5. What You Know About the Hood
6. Out The Hood
7. Do You Know
8. Ryderz In The Club
9. Ryderz Interlude
10. C.L. Ryderz
11. Burnin’ It Up
12. Just Clownin’
13. When You Die
14. Don’t Shoot
15. In Your Dreams
16. Life Goes On
17. The Day After Tomorrow
18. Rise Up
19. Power
20. Take A Ride
21. Left Alone
22. Intro (The Spirit)

ONU afirma que Europa Ocidental tem cerca de 140 mil escravas sexuais


Por Comunicação JOCUM Brasil em 1 de julho de 2010


Cerca de 70 mil mulheres são vítimas de tráfico sexual para a Europa Ocidental anualmente, segundo estima um relatório da UNODC (agência da ONU para Drogas e Crime).

Segundo o documento O Tráfico de Pessoas para a Europa para Exploração Sexual, haveria atualmente cerca de 140 mil mulheres obrigadas a trabalhar no mercado do sexo na região.

A ONU avalia que essas 140 mil mulheres traficadas façam ao todo cerca de 50 milhões de programas anuais, a um custo médio de 50 euros por cliente (cerca de R$ 109), movimentando um total de 2,5 bilhões de euros (R$ 5,47 bilhões).

O relatório da ONU foi divulgado na Espanha pelo diretor-executivo da UNODC, Antonio Maria Costa, para coincidir com o lançamento da campanha internacional Coração Azul de combate o problema.

“Os europeus acreditam que a escravidão foi abolida há centenas de anos. Mas olhem em volta – os escravos estão em nosso entorno. Precisamos fazer mais para reduzir a demanda por produtos feitos por escravos e por meio da exploração”, afirmou Costa.

Origens

O relatório da ONU cita a região dos Bálcãs como a principal origem das mulheres traficadas para a Europa Ocidental (32% do total), seguida dos países do ex-bloco soviético (19%), mas observa também um aumento no número de mulheres brasileiras traficadas (as sul-americanas são 13% do total).

Segundo a organização, a maioria das vítimas brasileiras de tráfico sexual para a Europa são originárias de regiões pobres no norte do país, principalmente nos Estados do Amazonas, do Pará, de Roraima e do Amapá.

O relatório observa ainda que as vítimas sul-americanas (principalmente do Brasil e do Paraguai) são traficadas principalmente para Espanha, Itália, Portugal, França, Holanda, Alemanha, Áustria e Suíça.

Em Portugal, dados do governo local divulgados na semana passada indicam que as brasileiras são 40% das mulheres traficadas no país.

Na Espanha, segundo os dados da ONU, o número de vítimas brasileiras e paraguaias ultrapassou desde 2003 o de vítimas colombianas, antes majoritárias no país.

Números

O total de 140 mil mulheres traficadas na Europa foi estimado pela ONU com base no número de 7.300 vítimas detectadas na Europa Ocidental em 2006. A organização estima que 1 em cada 20 vítimas seriam detectadas, indicando um total de 140 mil.

A agência estima ainda que o mercado tem uma renovação em média a cada dois anos, levando ao número de 70 mil novas vítimas a cada ano para substituir as que conseguem deixar a condição.

O relatório da ONU, porém, questiona alguns números de pesquisas sobre o tema. O documento cita uma estimativa de 700 mil mulheres trabalhando como prostitutas na Europa Ocidental (incluindo as que trabalham sem coerção).

Mas ao confrontar esse número com as pesquisas que indicam uma média de 6% dos homens pagando por sexo a cada ano nesses países, a organização estima que isso levaria a uma média de dez clientes anuais por prostituta, um número extremamente baixo mesmo que se tratassem de clientes regulares.

Para a organização, ou menos mulheres trabalham como prostitutas ou mais homens estão pagando por sexo com elas – ou ambas as coisas.

Publicado originalmente em : BBC Brasil

Veredito: ossuário do irmão de Jesus é verdadeiro

Fonte: Arqueologia Bíblica

Ela pesa 25 quilos. Tem 50 centímetros de comprimento por 25 centímetros de altura. E está, indiretamente, no banco dos réus de um tribunal de Jerusalém desde 2005. A discussão em torno de uma caixa mortuária com os dizeres “Tiago, filho de José, irmão de Jesus” nasceu em 2002, quando o engenheiro judeu Oded Golan, um homem de negócios aficionado por antiguidades, revelou o misterioso objeto para o mundo. A possibilidade da existência de um depositário dos restos mortais de um parente próximo de Jesus Cristo agitou o circuito da arqueologia bíblica. Seria a primeira conexão física e arqueológica com o Jesus do Novo Testamento. Conhecido popularmente como o caixão de Tiago, a peça teve sua veracidade colocada em xeque pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA). Em dezembro de 2004, Golan foi acusado de falsificador e a Justiça local entrou no imbróglio. No mês passado, porém, o juiz Aharon Far¬kash, responsável por julgar a suposta fraude cometida pelo antiquário judeu, encerrou o processo e acenou com um veredicto a favor da autenticidade do objeto. Também recomendou que o IAA abandonasse a defesa de falsificação da peça. “Vocês realmente provaram, além de uma dúvida razoável, que esses artefatos são falsos?”, questionou o magistrado. Nesses cinco anos, a ação se estendeu por 116 sessões. Foram ouvidas 133 testemunhas e produzidas 12 mil páginas de depoimentos.

Especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém, Rodrigo Pereira da Silva acredita que todas as provas de que o ossuário era falso caíram por terra. “A paleografia mostrou que as letras aramaicas eram do primeiro século”, diz o professor do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). “A primeira e a segunda partes da inscrição têm a mesma idade. E o estudo da pátina indica que tanto o caixão quanto a inscrição têm dois mil anos.” O professor teve a oportunidade de segurá-lo no ano passado, quando o objeto já se encontrava apreendido no Rockfeller Museum, em Jerusalém.

Durante o processo, peritos da IAA tentaram desqualificar o ossuário, primeiro ao justificar que a frase escrita nele em aramaico seria forjada. Depois, mudaram de ideia e se ativeram apenas ao trecho da relíquia em que estava impresso “irmão de Jesus” – apenas ele seria falso, afirmaram.
A justificativa é de que, naquele tempo, os ossuários ou continham o nome da pessoa morta ou, no máximo, também apresentavam a filiação dela. Nunca o nome do irmão. Professor de história das religiões, André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, levanta a questão que aponta para essa desconfiança. “A inscrição atribuiria a Tiago uma certa honra e diferenciação por ser irmão de Jesus. Como se Jesus já fosse um pop¬star naquela época”, diz ele. Discussões como essa pontuaram a exposição de cerca de 200 especialistas no julgamento. A participação de peritos em testes de carbono-14, arqueologia, história bíblica, paleografia (análise do estilo da escrita da época), geologia, biologia e microscopia transformou o tribunal israelense em um palco de seminário de doutorado. Golan foi acusado de criar uma falsa pátina (fina camada de material formada por microorganismos que envolvem os objetos antigos). Mas o próprio perito da IAA, Yuval Gorea, especializado em análise de materiais, admitiu que os testes microscópicos confirmavam que a pátina onde se lê “Jesus” é antiga. “Eles perderam o caso, não há dúvida”, comemorou Golan.

O ossuário de Tiago, que chegou a ser avaliado entre US$ 1 milhão e US$ 2 milhões, é tão raro que cerca de 100 mil pessoas esperaram horas na fila para vê-lo no Royal Ontario Museum, no Canadá, onde foi exposto pela primeira vez, em 2002. Agora que a justiça dos homens não conseguiu provas contra sua autenticidade, e há chances de ele ser mesmo uma relíquia de um parente de Jesus, o fascínio só deve aumentar.

(IstoÉ)

Nota: Na verdade, esse assunto deveria ser capa da IstoÉ, mas preferiram falar sobre “sedução”. Estaria a mídia tão seduzida pelo naturalismo/secularismo que prefere não destacar matérias que confirmam fatos relacionados com o cristianismo? Isso mereceria também reportagem de capa na Superinteressante ou na Veja, não acha? É esperar para ver...[MB]



LEVEL 3:16 - New Group from CMR/Impact Movement Partnership



A gravadora cross moviment records fechou contrato com o grupo level 3:16 (Filadélfia) que lançará álbum de estréia em 28 de dezembro na conferência (cristã) nacional em Atlanta. Este evento reúne lideres, ministros e estudantes para apresentar novas formas de evangelização e serviço ao Eterno (God - ou o Senhor).

Achei muito boa a proposta que eles chamam de: parceria estratégica com (movimento impacto - a conferência) organização não lucrativa, que tem tudo a ver com o título do cd "3:16 nivelado".

Fica ai o exemplo para nós, que é preciso antes do (lucro de mercado) a preocupação com a mensagem e óbvio, trabalho e assistência a sociedade.

"Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma." - (Tiago, 2:17)









Estou lendo



Este livro relata a luta do Evangelho, através dos séculos, para se impor em mundo idólatra e violento. A Igreja Primitiva, as perseguições do Império Romano, a decadência espiritual, a idolatria romana e o Papado, as Cruzadas, a Inquisição, a Reforma e o atual estado da igreja na Europa são tratados neste livro de forma clara e sucinta.

Por Marcel Malgo



Muitas vezes os filhos de Deus já se perguntaram se há como reconhecer a direção do Senhor, a vontade de Deus para suas vidas. Em minha opinião, essa é uma das coisas mais difíceis. Mesmo assim, um cristão pode experimentar a direção do Eterno, de uma ou outra forma.

A seguir vamos meditar a respeito de duas possibilidades que temos para reconhecer a vontade ou a orientação de Deus.

Orientação pela atuação da Palavra de Deus
Um cristão que deseja experimentar a condução de Deus precisa, em primeiro lugar, estar cheio de uma confiança profunda e infantil na Palavra revelada de Deus. Se você procura por certeza absoluta, então nunca deixe de pegar a sua Bíblia! O salmista ora assim: “Ensina-me bom juízo e conhecimento, pois creio nos teus mandamentos” (Sl 119.66). Ele quer receber “juízo e conhecimento”, o que significa receber a orientação divina. Mas como isso acontece? Por meio da Palavra de Deus: “...creio nos teus mandamentos”.

Por que a Palavra de Deus tem condições de permitir que experimentemos a maravilhosa direção do Senhor? Porque não é apenas a palavra do Eterno, mas porque o próprio Cristo é a Palavra! Entretanto, é justamente isso que causa tanta dificuldade a muitos cristãos. Não são poucos os que dizem: “Ah!, se eu pudesse escutar o Senhor assim como os discípulos e tantas outras pessoas O escutaram naquela época – então eu creria mais!” Mas esse argumento não é consistente. Tais irmãos na fé deveriam entender o que significa escutar a Palavra de Deus – então eles perceberiam que a leitura da Bíblia nada mais é que ouvir Jesus falando! O Evangelho de João é muito claro ao falar desse fato: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus (...) E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.1-2,14). Esse texto fala de Jesus – e como Ele é chamado? “O Verbo”! É verdade: Jesus Cristo é o Verbo encarnado de Deus! Por isso o último livro da Bíblia também O trata pelo mesmo significativo nome: “[Jesus] Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus” (Ap 19.13). Mesmo que o Senhor tenha nos dado inteligência e até mesmo Seu Espírito Santo (àqueles que crêem em Jesus), durante a leitura da Palavra de Deus às vezes surgem termos, verdades e contextos que não conseguimos entender, seja parcial ou totalmente. Não são poucos os que enfrentam dificuldades até com a afirmação “o Verbo (a Palavra) se fez carne”. Mas justamente quando encontramos palavras e passagens na Bíblia que não entendemos há somente uma fórmula segura: podemos e devemos crer naquilo que está escrito! Pois a Palavra de Deus é a verdade! Em outras palavras: se você tiver diante de si um texto que não dá para entender, minimize sua inteligência e maximize a sua fé! mais

Estou Lendo



NOTA DO AUTOR

Fazia frio naquela manhã ensolarada de primavera de 1988, quando eu e um recém conhecido pastor americano nos dirigimos a Rainbow Christian Supplies, no centro de Great Falls, uma cidade de Montana, Estados Unidos. Meu encanto em pisar pela primeira vez numa livraria evangélica americana não pode ser disfarçado; entretanto, o objetivo inicial de concentrar minhas compras na seção de música gospel foi imediatamente mudado em face da abundância literária que ali encontrei. Jamais havia presenciado qualquer coisa semelhante! Títulos e títulos dos mais variados autores sobre os temas mais impensáveis disputavam minha atenção. Ao passar lenta e repetidamente por aquelas prateleiras, deparei com um livro que, embora pequeno e quase escondido por outros volumes, fez-me esquecer dos demais atrativos da loja. The Search for the Twelve Apostles (Em Busca dos Doze Apóstolos), do até então por mim desconhecido William Steuart McBirnie, era o único título disponível sobre um assunto que há muito acendia meu interesse. O agradável folhear daquelas páginas deu-me a certeza de ter, finalmente, encontrado algo que poderia responder às indagações que há muito nutria com respeito ao destino dos discípulos de Jesus. Ao retornar ao Brasil, um mês depois, decidi começar alguns estudos sobre a matéria, já que me considerava privilegiado por poder recorrer a esta importante fonte de consulta. Esses planos, infelizmente, tiveram de ser interrompidos ainda em sua fase embrionária, para dar lugar a outras atividades prioritárias naquele momento. Contudo, em fins de outubro de 1994, , ao assumir a direção do culto de estudos bíblicos da Igreja Batista Nova Vida, em Guaratinguetá (SP), pensei em reiniciar as investigações sobre o tema e ministrá-lo em tempo oportuno. Poucas semanas após a retomada do projeto, percebi que o assunto, por seu pesado conteúdo histórico, tornaria-se por demais "indigesto" para ser apresentado a um público tão heterogêneo como o daquela Igreja. Ao mesmo tempo, ocorreu-me estar de posse daquilo que poderia se tornar o começo de um ousado projeto literário de investigação sobre a carreira bíblica e extra-bíblica dos apóstolos de Jesus. Deste modo surgia aquilo que chamei, a princípio, Doze Homens, Uma Missão. Hoje, quase onze anos depois, sinto-me grato a Deus por poder encerrar esta pequena contribuição ao universo literário cristão de meu país. Devo confessar, entretanto, que por vezes pensei seriamente em desistir. A inexperiência com o exercício
da autodisciplina — indispensável para quem se envolve em trabalhos extensos como este — e a quase inexistência de fontes de pesquisa sobre o tema em língua portuguesa ocasionalmente deixaram-me abatido. Fortaleceu-me, por outro lado, a certeza de que esta obra preencheria uma importante lacuna na literatura cristã brasileira e conferiria aos seus leitores o raro prazer de viajar através das muitas tradições que relatam — as vezes fantasiosamente, é verdade — alguns feitos dos doze homens aos quais devemos as raízes de nossa fé. Motivou-me também o desejo de contribuir para a fragmentação dos mitos que a tradição eclesiástica gradativamente erigiu sobre eles — em especial sobre os mais destacados — e que tanto tem contribuído para desfocar seu verdadeiro perfil. Portanto, nas páginas que cabem a cada um dos doze, o leitor não os encontrará apresentados como heróis infalíveis ou "santarrÕes" inabaláveis, pois se assim os retratasse, não estaria sendo honesto com o propósito que assumi ao iniciar essa pesquisa. Nesses dias em que presencio jubiloso o florescimento da fé cristã no Brasil, cresce proporcionalmente em mim a preocupação com a apostilicidade daquilo que vejo ser propalado aqui e acolá como doutrina cristã. A história eclesiástica nos tem legado alguns exemplos de como o crescimento explosivo da Igreja, por vezes, ocorre em detrimento da pureza de sua doutrina original. Preocupa-me também constatar que os mecanismos de aferição daquilo que proclamamos de nossos púlpitos — contagiados que estão por um secularismo ameaçador — parecem cada vez mais confusos e distantes da simplicidade dos longínquos tempos de Simão Pedro e seus companheiros. Por outro lado, reconheço que o resgate dos valores históricos importantes e tangentes de nossa fé não é uma tarefa fácil, especialmente nesses confusos dias de pós-modernidade. Muitos cristãos "modernos" infelizmente têm espelhado a superficialidade e a trivialidade com que o cidadão atual se relaciona com a realidade que o cerca. De modo crescente, uma fé utilitarista e hedonista tem ocupado, nas mentes e corações de muitos fiéis, o espaço outrora preenchido pelas preocupações com a historicidade e o conteúdo doutrinário daquilo que nós cristãos professamos crer. Diante disto, creio que a familiarização com a carreira dos doze vocacionados de Cristo — dentro das limitações históricas que nos são impostas — pode significar para o crente sincero um conhecimento mais significativo dos valores, das ênfases, das prioridades e da estratégia com os quais estes santos lançaram o chamado fundamento dos apóstolos, do qual Jesus é a pedra angular e sobre o qual estamos todos edificados (Ef 2.20). Essa preocupação, diga-se de passagem, constituiu parte crucial daquilo que me compeliu a elaborar Doze Homens, Uma Missão.
Confesso, ademais, que não pretendi solucionar todos os mistérios milenares que envolvem a carreira dos discípulos de Cristo. Na verdade, estou seguro de que tal tarefa seria impossível mesmo ao mais capacitado e bem servido dos pesquisadores. Afinal, uma parcela significativa dos empreendimentos desses santos - como o leitor logo perceberá - foi desafortunadamente sepultada por um silêncio histórico que não nos legou senão conjecturas sobre lendas - muitas delas inconsistentes - de suas missões pelo mundo antigo. Nessas narrativas, com freqüência, a fiel descrição das realizações apostólicas ficou comprometida ao ceder lugar à fantasia e ao misticismo do escritor medieval, em sua sede de associar os discípulos de Cristo às origens de muitas igrejas ao redor da Europa, Oriente Médio e norte da África. Finalmente, e a despeito de todas essas dificuldades, meu desejo preponderante é de que estas páginas sejam um convite a que o leitor reflita, de modo particular, sobre a dedicação com que esse homens valorosos empreenderam as missões através das quais a fé cristã — atravessando os tormentos da história - chegou até nós, bem como sua disposição de selar com a vida o testemunho do evangelho que anunciaram não só em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da Terra (At 1.8)! Este trabalho é, portanto, um humilde tributo ao esforço, ao desprendimento à sabedoria, à fidelidade dos quais o mundo certamente não era digno (Hb 11.38).

Aramis C. DeBarros

São José dos Campos, SP, Brasil aos 12 de Junho do ano de N. S. Jesus Cristo 1999

Michelle Bonilla – In Spite of Me



1 - Diary
2 - Your Show
3 - In Spite Of Me
4 - Give It Up
5 - I Love You
6 - Our Generation
7 - You
8 - My Story
9 - Go Harder
10 - Persevere
11 - Diary 2
12 - That's What Love Is
13 - You Don't Have to Cry
14 - I Am
15 - Diary 3
16 - Eres El Rey


Entrevista Exclusiva: Cacau fala sobre o novo CD do Rap Sensation (não na terra do sim) "só sou uma pequena placa na estrada indicando O Caminho..."



"Suba o Primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas de o primeiro passo."
Martin Luther King


finalizei o bate-papo em forma de entrevista com o Cacau (Rap Sensation), algumas vezes pelo MSN e outras por e-mail.

Passei alguns dias pensando em um texto de abertura com aquele cunho jornalístico, valorizando as idéias e resumindo de forma interessante as 10 perguntas que, a meu ver, transcendem meras linhas e passam a ditar a nova era do RapGospel aqui no Brasil. Esforcei-me ao máximo e privo pela imparcialidade, pois o tenho não só como amigo e irmão em Cristo; o tenho como exemplo de vida e nesse caso fica quase impossível não ser tendencioso em minhas indagações.

Como não sou jornalista, e nem bom escritor (RS), escolhi a frase de Martin Luther King, pois acho que resume bem as linhas que vêem a seguir...



1 – aice man: Por que o titulo do CD é “Não na terra do Sim”?

Cacau RS: Vendo toda a evolução humana na questão da ciência, inteligência, tecnologia e modernização de tudo, as grandes metrópoles, internet e etc. Com tudo isso vem a busca incansável por ter, poder e ser, nisso cresce a ganância, inveja, desonestidade, engano, a começar do fato no Jardim do Éden, a serpente dizendo pra Eva; “Sim” você pode comer da árvore do conhecimento do bem e do mal que Deus disse; “Não” você não pode comer! Enfim o homem regrediu na questão ética e moral.
Com os sentimentos esfriando a cada dia, em que as coisas tem mais valor que as pessoas, a polícia vira ladrão, a lei virou um fora da lei, os bons se calando e os maus gritando, a criatura quer virar o Criador... Vi uma inversão de valores muito grande na grande parte das pessoas. Com tudo isso veio minha indignação e disse; Eu preciso falar sobre isso, e escrevi a música. Minha intenção é alertar as pessoas através do privilégio que Deus me deu, só sou uma pequena placa na estrada indicando O Caminho, elas é quem decidem andar Nele, dizendo; Sim ou Não na terra do Sim.


2 – aice man: Conte como foi o processo de produção do CD e a composição das Letras.

Cacau RS: Primeiro escolhendo e abordando com cuidado os temas diferentes e escrevendo com cautela e muito carinho as letras.

A parte musical e de estúdio já foi mais complicada, impedimentos, contra tempos, dificuldade e uma batalha dura contra o nosso inimigo, mais com muita persistência, perseverança, foco, comunhão entre nós do grupo, muita fé em Deus concluímos o CD em 4 árduos anos. Estamos muito felizes por isso, nós conseguimos!

3 - aice man: Após alguns anos no Evangelho e trabalhando o cd “Qué Colá?” obviamente vocês amadureceram sendo notável a evolução espiritual e musical da banda. O que vocês aprenderam nessa jornada e como você vê o cenário gospel hoje?

Cacau RS: Com o passar do tempo normalmente o ser humano evolui pela experiência de vida, pela idade, conhecimento e com o dia-dia. É simples, um mecânico quando conserta o seu primeiro carro, terá menos habilidade do que com alguns anos de experiência na mesma função com dedicação, assim aconteceu com a gente, fora a experiência de 4 CDs que tínhamos no secular que ajudou muito na confecção do Qué colá? Assim sendo, miramos e creio que acertamos no alvo que miramos, a experiência foi meio caminho andado.

Quanto ao cenário gospel, vejo muitos músicos, cantores, rappers, pregadores e pastores, tentando acertar o alvo “ IDE ” e errando muito na mira, uns por conhecer e negligenciar a palavra e outros por não conhecerem a palavra disponível e acessível a todos.

Também os de dentro (crentes) querendo sair, e os de fora querendo entrar, e como entram os de fora se os de dentro saem? Somente pela misericórdia e graça de Deus mesmo!

No caso do rap que é a minha área, vejo os rappers tirando o significado do ritimo e poesia e só deixando o ritimo, achando que poesia é só pra poeta, e não para um poeta rapper.

Fora a exclusão da palavra de Deus nas musicas e hipocrisia de não viverem o que cantam ou pregam em suas letras. Mais oro pela conversão dos de dentro do cenário gospel e aos de fora!

4 – aice man: Trocando idéia com o Nino (quando ele foi participar de uma musica minha) ele me disse que você participou em dezenas de trabalhos de rap gospel este ano. Isto se deu a vasta bagagem que você tem no rap? Ou foi pelo testemunho de vida, hoje vivendo a palavra de Deus? Comente.

Cacau RS: Não fiz participações só em musicas ou grupos de rap, participei rimando em várias bandas de Black, Soul, e Pop também.

Talvez os convites se deu por que viram mais do que a rima e a bagagem em mim, viram Deus, e Ele falou por mim, muitas vezes a experiência ou a bagagem que alguém tem não conta tanto pra os que valorizam valores, quando não é só por interesse, acho que um Cd feito por cada um é muito pessoal pra chamar uma pessoa que não conhece direito pra participar só por bagagem ou por experiência e sim por que Deus anda com o experiente.
"Será que preciso dizer como me vejo???
5 - aice man: O CD é repleto de temas do cotidiano como: O som que fala do motoboy, a vida de um homem de 80 anos, viver em um mundo de aluguel etc. Mas, percebi que tem raízes profundas na teologia, analogias entre o velho e novo testamentos, a pessoa de Cristo e sua divindade, o pecado do mundo e como persistir na fé para salvação e muitas outras referencias bíblicas... Vocês estudam a bíblia diariamente? Comente como foi possível escrever letras simples para o povão entender e tão complexas ao ponto de igrejas convidarem você para pregar?

Cacau RS: Vou dizer por mim, mais cada um do grupo tem a sua intimidade com a palavra, amo profundamente a palavra de Deus e a estudo muito, aí junta a fome com a vontade de comer e já sabe no que da né?

Só precisei com muita atenção e ajuda do Pai, ser profundo na reflexão com um fácil entendimento, não deixando o som ficar religioso e sim de Deus!

Não penso em atingir um público só e sim públicos, desde o moto boy até as pessoas idosas, quando vejo os crentes falando do ide, só falam e não fazem, atingem somente um público restrito e as vezes levam o remédio aos sãos, querem libertar os livres e levar alegria aos felizes.

Quando vejo Jesus dizendo; IDE E PREGAI... entendo que eu preciso que ouçam a voz Dele através de mim além do nosso quintal, por isso, os de fora também precisam escutar e com mais urgência, antes que satanás os matam e percamos a oportunidade e privilegio do ide. E o Senhor nos chamou de pescadores não de peixeiros!

As vezes recebo convites pra pregar e aceito com muita felicidade, aí a minha experiência de 23 anos no rap não vale de nada , e se eu não tenho intimidade com a palavra e com o Dono dela, estou só e não sai nada de Deus da minha boca, só de mim mesmo!

Aí prefiro contar com a soberania da Trindade augusta, do que dos meu 35 farrapados anos de idade.

Muitos pastores e lideres de muitas igrejas, precisam entender que existem homens de Deus e grandes pregadores da palavra no rap, mais não são todos. Orem por nós ao invés de nos julgar só por que cantamos rap, que aliás, o rap Brasileiro é o melhor rap do mundo!


6 – aice man: Como você se vê hoje? Sendo um pai de família com uma esposa abençoada trabalhando secularmente, mas com o coração voltado para a obra. Quais são as bênçãos e desafios de ministrar o Evangelho através do rap?

Cacau RS: Sim, tenho o privilegio de ser marido de uma esposa inacreditavelmente maravilhosa que também me deu 2 filhos lindos. Será que preciso dizer como me vejo???

Tenho meu trabalho independente do rap e desde o secular nunca fiquei esperando valores financeiros dele, apesar de acreditar, mais o que sempre esperei de verdade do rap é valores que não tem preço , como por exemplo, uma vida que queria se matar e resolveu viver por ouvir um rap meu.

Essa é a maior benção que eu recebi de Deus, ter o privilégio de fazer o que anjos, Arcanjos, Serafins e Querubins não fazem, que é pregar a palavra de Deus através do rap ou não.

E o meu maior desafio é me vencer e me superar sempre, ser um melhor cristão amanhã do que hoje, ser um melhor marido, pai, cidadão, rapper, compositor, pregador, etc... a lei e o governo vem pela razão e sendo um líder as vezes por ser muito mais emocional, sofro com as minhas atitudes emocionais por não ser mais racional do que devo, os de coração mole sofrem mais que todos! Mais to no caminho, tô aprendendo.

7 - aice man: Boa parte da Igreja hoje em dia aceita o rap em seus templos, O Rap Sensation tem viajado por todas as regiões da capital, interior e fora do Estado. O que os Pastores e lideres tem buscado nas bandas de rap? Comente.

Cacau RS:O rap tem sido mais aceito sim, talvez por conta dos resgates que Deus tem feito através do estilo musical e muitos entenderam quão poderosa é essa ferramenta nas mãos de Deus.

Ainda não são todos, mais muitos tem buscado uma parceria de fé, como membros de um mesmo corpo, os olhos precisando do ouvido, o ouvido contando com a ajuda das mão, as mãos ajudando os braços, os pés pisando com a cooperação das pernas e o Cabeça comandando todo o corpo “ Cristo ”, tenta imaginar um corpo sem os membros? Ou um corpo feito de um só membro? Melhor serem 2 do que 1, melhor serem 1000 diferentes do que 10 iguais ...

8 – aice man: CD muito bem produzido e recentemente o vídeo clipe da faixa “Meus 80”. Trabalho para qualquer Big gravadora lançar e distribuir. Por que independente?

Cacau RS: Nesse caso, a independência te da liberdade pra fazer o que quiser com o talento que Deus te deu, por que em muitos casos as gravadoras interferem muito no seu repertorio musical, as vezes limitam os lugares e shows que tem que tocar, contratos e regras que as vezes não concordo.

Mais por um outro lado temos limitações de financeiras que as vezes impedem que nossas vozes vá mais longe, mais isso esta acabando, no mínimos Deus nos ensina através das formigas, trabalho em silêncio, com consistência e persistência elas chegam no objetivo!

9 – aice man: O qual é o propósito desde abençoado trabalho? E quais os resultados esperados?

Cacau RS: Como diz o meu irmão Paulo; Deus faz infinitamente mais do que aquilo que pedimos e pensamos...

Os resultados já ultrapassaram os esperados, que foi o de mexer os corações a não só corpos.

Estamos satisfeitos até agora, mais como sei que Deus fará além, to preparado pra fazer aquilo que Ele quiser que eu faça.

A chave é se preparar pra receber o que vier da vertical pra lançar na horizontal, mais estamos tranqüilos e preparados!


10 - aice man: Espaço livre para comentar algo que não foi mencionado e deixar contato CD´s e Eventos.
Cacau RS:Obrigado Aice, pela confiança de me permitir falar através do deu blog, beijo no coração irmão.

Ta tranqüilo, falei tudo que quis. Mais convido à todos a ouvir uma faixa no final do nosso novo CD “ Eu Continuo...” que creio que existe mais coisar contidas ali que resume bem o meu desabafo e propósito.

Deus abençoe!

A paz do Senhor Jesus.

http://www.rapsensation.com.br/

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A Bíblia Sagrada



A palavra grega Bíblia, em plural, deriva do grego bíblos ou bíblion (βίβλιον) que significa "rolo" ou "livro". Bíblion, no caso nominativo plural, assume a forma bíblia, significando "livros". No latim medieval, biblìa é usado como uma palavra singular — uma colecção de livros ou "a Bíblia".

Foi São Jerónimo, tradutor da Vulgata Latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo Testamento de "Biblioteca Divina". A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, considerados por diversas religiões cristãs como divinamente inspirados. É sinónimo de "Escrituras Sagradas" e "Palavra de Deus".
Os livros bíblicos considerados canônicos pela Igreja Católica Apostólica Romana são ao todo 73 livros, sendo 46 livros do antigo testamento e 27 do Novo. A Bíblia Católica contém 7 livros a mais no Antigo Testamento do que outras traduções bíblicas usadas pelas religiões cristãs não-católicas e pelo Judaísmo. Esses livros são chamados pela Igreja Católica de deuterocanónicos ou livros do "segundo Cânon".

A lista dos livros deuterocanónicos é a seguinte: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico (Ben Sira ou Sirácida) e Baruque. Além disso, ela possui alguns trechos a mais em alguns livros protocanônicos (ou livros do "primeiro Cânon") de Ester e Daniel. Outras denominações religiosas consideraram estes livros deuterocanônicos como apócrifos, ou seja, livros ou escritos que carecem de inspiração divina, reconhecendo, porém, o valor histórico dos livros dos Macabeus.

cafetorah

Gente Cansada de Igreja

Israel Belo de Azevedo

Não sinto vontade de ir à igreja! Muitas pessoas me decepcionaram. Estou dando um tempo! O que leva tanta gente a desistir do convívio em uma comunidade cristã? Por que sempre encontramos alguém que deixou de ir à igreja por alguma decepção que sofreu? Em Gente cansada de igreja o autor nos mostra os caminhos para sair do desanimo e superar os fatores que contribuem para o cansaço e nos levando a entender a importância e o prazer de viver em comunidade - pocket book

Leia o 1º capitulo

O aitolá dos ateus

Richard Dawkins é o líder de uma nova cruzada, desta vez contra Deus.

por Texto Barbara Axt


João reza todos os dias a uma chaleira de porcelana que está no céu, em órbita entre a Terra e Marte. Ele só namora moças que também acreditam na Chaleira e nunca usa camisetas verdes, pois isso é uma grande ofensa à Toda-Poderosa.

Renato, vizinho de João, acredita que o mundo foi criado por um gigantesco monstro voador feito de espaguete. Todo mês se encontra com um grupo de espagueteiros para cantar músicas sobre como o Monstro é bacana. Um belo dia, depois do café-da-manhã (sem pão, pois sua religião proíbe comidas feitas com farinha), Renato veste uma camiseta verde e sai para trabalhar.

Ao encontrar com ele, João fica muito chateado com sua roupa. Renato fica meio sem graça, afinal ele não é um seguidor da Grande Chaleira, e sim do Monstro de Espaguete. Mas promete que vai usar sua camiseta verde menos vezes.

Parece loucura? É mais ou menos assim que o zoólogo Richard Dawkins vê o mundo, com pessoas seguindo reli­giões cegamente, obedecendo a regras sem sentido e acreditando em deuses e milagres sem ter evidência nenhuma.

Para expor esse ponto de vista o cientista inglês, professor de compreensão pública da ciência na Universidade de Oxford, publicou no final de 2006 Deus, um Delírio. O livro, que chega este mês às livrarias brasileiras, é um grande manifesto ateu – mas, ironicamente, acabou se tornando um presente de Natal bem popular em países de língua inglesa. Nele,­ Daw­kins afirma que as religiões não são só coisas sem sentido, como monstros de espaguete voadores. Elas também são altamente prejudiciais à sociedade.

“Meu grande sonho é a completa destruição de todas as religiões do mundo”, dispara, com sua voz tranqüila, depois de dois minutos de entrevista. A Super conversou com o cientista em sua confortável casa de tijolinhos na cidade inglesa de Oxford onde, sentado no sofá e vestido como um perfeito inglês, de paletó, camisa social e colete de lã, ele completou o raciocínio: “Mas eu sei que isso é ambicioso demais. Na verdade, eu quero atingir as pessoas que estão em cima do muro. Pensando no assunto, talvez elas percebam que não são religiosas”.

Radical ateu

Dawkins é considerado um dos mais importantes intelectuais do mundo e um dos mais famosos divulgadores de assuntos científicos. Ele já publicou 8 livros, que venderam centenas de milhares de cópias e foram traduzidos em mais de 25 línguas, começando pelo best seller O Gene Egoísta, de 1976. O livro revolucionou a área de biologia evolutiva ao explicar a Teoria da Evolução de Darwin pelo ponto de vista dos genes. De acordo com sua perspectiva, a seleção natural não favorece os organismos mais adaptados à sobrevivência, mas, sim, os genes mais eficientes em se multiplicar. Depois que Darwin provou que os seres humanos não foram criados à imagem e semelhança de Deus – eles evoluíram a partir de animais mais simples –, Dawkins tirou os animais, as plantas e os seres vivos em geral do papel de protagonistas da evolução, afirmando que nós não passamos de máquinas de sobrevivência projetadas pelos genes. Agora volta sua bateria para Deus.

A maior parte das religiões afirma que estamos sendo acompanhados de perto por um ser superior e que isso dá sentido à nossa vida. Uma imagem tão confortante quanto sem sentido, na opinião de Dawkins. “Existe um propósito na nossa existência, que é a propagação do DNA. Pode não parecer muito nobre, porque não é o tipo de objetivo que as pessoas procuram”, explicou em uma entrevista à BBC.

Criado em um lar anglicano, Dawkins descobriu que era ateu aos 17 anos, quando se convenceu de que a Teoria da Evolução de Darwin explicava o mundo muito melhor do que qualquer religião. Mas, só agora, aos 65 anos, decidiu se dedicar de corpo e alma (ops!) a uma cruzada pela ciência e contra o obscurantismo. Seu objetivo é combater o poder crescente das religiões como forças absolutas e inquestionáveis – cita como exemplos o fundamentalismo islâmico e o que ele chama de talibã cristão nos EUA. “Supostamente os EUA são um Estado desvinculado de religião, mas George W. Bush está levando o país na direção de uma teocracia, dizendo que fala com Deus e que Deus lhe disse para invadir o Iraque”, afirma. Para combater esse tipo de atitude, criou a Fundação Richard Dawkins para a Razão e a Ciência, que “tem como objetivo defender a ciência contra os ataques da ignorância organizada”, definição que inclui tanto os defensores do ensino de criacionismo quanto as pseudociências (astrologia, homeopatia, ufologia etc.). A fundação pretende financiar pesquisas sobre a psicologia das crenças, apoiar a educação científica e ajudar a divulgação de idéias racionais.

Ele é o primeiro a reconhecer que suas opiniões são polêmicas. “Se você colocar meu nome no Google, vai encontrar um equilíbrio: há coisas muito negativas escritas por gente religiosa e coisas muito positivas escritas por gente não religiosa”, se diverte. Ocorre que até entre os ateus existe gente que discorda de suas idéias, como o físico brasileiro Marcelo Gleiser. “Acho que o Dawkins escreveu um livro provocativo para polarizar ainda mais as tensões entre ciência e religião, o que é inútil”, reclama. “As pessoas se sentem ameaçadas pela ciência, achando que ela vai ‘matar’ os deuses. É essa distorção que os cientistas devem combater, e não a fé. A ciência não quer roubar Deus de ninguém”, diz Marcelo.

Bem, não é bem isso que Richard Dawkins pensa. Ele discorda radicalmente da posição liberal de ateus como o paleontólogo Stephen Jay Gould, que afirmava que religião e ciência são assuntos que não se misturam e podem coexistir em paz, cada um ocupando partes diferentes da vida (e da mente) humana. Para Dawkins, isso não passa de duplipensamento, a técnica descrita por George Orwell no livro 1984: acreditar em duas coisas conflitantes ao mesmo tempo. No caso, o Gênesis e a Teoria do Big-Bang.

Em sua opinião, essa posição conciliadora mais atrapalha do que ajuda. Quem não se opõe abertamente às religiões ajuda, com sua omissão, a fortalecer o poder que elas já têm. Ainda assim ele nega que seja um radical: “As pessoas acham isso porque já se acostumaram a falar de religião sempre pisando em ovos”, argumenta. “É possível questionar e discordar de alguém sobre economia, esporte ou qualquer outro assunto. Quando se trata de religião, é proibido falar qualquer coisa.”

Em termos: as religiões vêm, sim, sendo questionadas em vários livros sobre ateísmo lançados recentemente. Dawkins faz parte desse movimento, ao lado de pensadores como os americanos Daniel Dennett (autor de Quebrando o Encanto) e Sam Harris (autor de O Fim da Fé). Em sua casa é possível ver várias dessas obras, que são citadas em Deus, um Delírio, pelas estantes, em cima das mesas e até mesmo no banheiro.

Movimento dos sem-deus

O cientista compara a situação dos ateus hoje em dia com a dos homossexuais nos anos 50. Para mostrar o preconceito contra as pessoas sem religião, ele cita uma pesquisa feita pelo Instituto Gallup em 1999. Segundo o levantamento, 95% dos americanos votariam em uma mulher para presidente, 92% em um negro ou judeu e 79% em um homossexual. Mas apenas 49% colocariam um ateu na Casa Branca. “Enquanto o número de judeus nos EUA é muito menor do que o de ateus, eles são muito mais poderosos, pois foram capazes de se organizar e criar lobbies políticos para defender seus interesses”, diz Dawkins. “Os ateus americanos, que são entre 20 milhões e 30 milhões, não fazem isso.”

Na verdade, é difícil até mesmo perceber que a quantidade é tão grande, porque muitos deles evitam manifestar publicamente sua ausência de crenças. “Muita gente veio me agradecer por ter escrito o que elas não tinham coragem de dizer”, se anima Dawkins. “Apesar de não ter escrito o livro pensando nessa conseqüência, agora eu acho que talvez a melhor coisa que ele pode fazer pelas pessoas é encorajá-las a sair do armário.”

Ao que parece, a porta do armário foi arrombada: uma pesquisa feita em 2006 pela companhia Harris Interactive mostra que menos da metade dos ingleses, dos alemães e dos espanhóis crêem em Deus ou em algum tipo de ser supremo. Na França, são apenas 27% da população. No Brasil os números ainda são bem diferentes, mas dá para perceber que alguma coisa está ocorrendo (apesar de o questionário do IBGE não incluir a opção “ateu”). No censo de 1991, o número de pessoas que disse não ter religião foi de 4,7%. Já em 2000 esse percentual foi de 7,4%.

Para Richard Dawkins, a pior coisa das religiões é a idéia de fé. A simples idéia de acreditar em algo que não pode ser provado é capaz de tirá-lo do sério – o que significa, para um britânico tão educado, levantar uma das sobrancelhas. “Fé é algo em que você acredita sem evidência. Pior: quanto mais absurdo o artigo de fé, mais virtuoso é o fato de se acreditar nele.” Dawkins crê que a aceitação de dogmas pode levar a sérios problemas. “Disputas entre crenças incompatíveis não podem ser resolvidas com argumentos racionais”, disse à revista online americana Salon. “Cientistas discordam entre si usando fatos e evidências para decidir quem está certo. Mas é impossível argumentar racionalmente se você simplesmente sabe que o seu livro sagrado contém a verdade absoluta dita por Deus, e a pessoa do outro lado pensa a mesma coisa sobre o próprio livro. Não surpreende que, ao longo da história, fanáticos religiosos tenham lançado mão de torturas, execuções, cruzadas, jihads e guerras santas.”

O teólogo e químico Alistair McGrath, que também é professor em Oxford, está lançando um livro em resposta a Deus, um Delírio, com o título de The Dawkins Delusion (“O Delírio de Dawkins”, sem tradução para o português). McGrath, um ex-ateu que se tornou religioso, acha que o colega apresenta as religiões de uma forma injusta. “Dawkins defende seus argumentos representando o cristianismo da pior maneira possível.” E provoca: “Concordo com Dawkins que é muito perigoso acreditar em alguma coisa sem investigar por conta própria. Mas acho que essa atitude de checar por si mesmo deve ser usada tanto para as religiões quanto para o próprio ateísmo”. Ainda que um consenso não esteja à vista, os dois têm opiniões muito parecidas em assuntos fundamentais: ambos apóiam a separação entre Estado e religião e são contra o ensino de criacionismo nas escolas, entre outras coisas.

“Acredito que é possível ter uma atitude crítica em relação às religiões. Eu costumo perguntar a alguns amigos muçulmanos onde no Alcorão está escrito que a violência, especialmente o terrorismo, é encorajada. E ninguém me responde, porque não existem esses trechos que legitimam a violência”, observa McGrath. “É essencial questionar o porquê das coisas, afinal a capacidade de fazer perguntas é muito importante para tornar o mundo um lugar mais seguro.” Uma opinião que não poderia gerar nenhuma reclamação do próprio Dawkins.

O plano assassino

Quando perguntado como poderíamos acabar com as religiões do mundo, a resposta de Richard Daw­kins é bem clara: dando uma boa educação a todo mundo. Ele explica que o número de pessoas praticantes de religiões entre os mais educados é menor do que entre os menos educados. E cita uma pesquisa publicada pela revista Nature, mostrando que, entre os cientistas da Academia de Ciências dos EUA, mais de 90% são ateus ou agnósticos e apenas 7% acreditam em Deus.

“É importante ensinar que pensar é uma coisa boa, virtuosa. Todas as crianças deveriam ser estimuladas a pensar. E elas também não deveriam seguir automaticamente a religião de seus pais”, afirma. Ele acredita que as crianças deveriam crescer conhecendo um pouco de cada religião, inclusive sabendo que é possível não escolher nenhuma. E depois de crescidas escolherem que caminho tomar. “Não se deve atribuir automaticamente a religião dos pais a uma criança. Expressões como ‘criança católica’ ou ‘criança muçulmana’ deveriam nos dar arrepios. Ninguém fala em crianças marxistas ou neoliberais, por que com as religiões deveria ser diferente?”

Ou seja, o cruzado antideus é na verdade um defensor do conhecimento e da liberdade de escolha – além de um inveterado polemista. Radicalismos à parte, seu discurso prega que uma dose de bom senso melhoraria muito a situação. O ponto nevrálgico da causa de Dawkins é a adoção de uma separação real entre Estado e religião – isso significa a exclusão dos dogmas e pressões de religiosos na implementação de leis que regulam assuntos como aborto e homossexualismo, por exemplo.

Mas, no final das contas, se todo mundo tivesse acesso à educação, não se deixasse levar por fundamentalismos religiosos nem se metesse na maneira como os outros vivem sua própria vida, talvez não fizesse mais a mínima diferença se uma pessoa acredita em Maomé, numa chaleira sagrada, num monstro de espaguete ou em nada.

ATEÍSMO PARA PRINCIPIANTES

Como boa parte do pensamento ocidental, o ateísmo tem suas raízes na Grécia antiga. Mais exatamente nos filósofos materialistas, que só acreditavam na existência daquilo que pudesse ser percebido pelos sentidos (visão, olfato, tato etc.). O primeiro ateu célebre da história foi o filósofo Epicuro, que afirmou não acreditar na existência de Deus nem na vida após a morte. Séculos depois, suas idéias foram difundidas em Roma pelo poeta Lucrécio. A discussão morreu depois da queda do Império Romano, já que na Idade Média questionar a existência de Deus era suficiente para levar uma pessoa para a fogueira. O assunto voltou a público lá pelo século 16, quando surgiu o conceito de deísmo – a crença em um Deus, mas não em uma religião. Foi a deixa para que as pessoas começassem a questionar as religiões. Textos da Antiguidade Clássica foram resgatados e alguns filósofos, como Thomas Hobbes, foram preparando o terreno para o crescimento do ateísmo como o conhecemos hoje.

Esse novo pensamento possibilitou o surgimento dos Estados laicos (em que governo e religião são separados), como o francês. No final do século 19, havia uma crença disseminada de que um dia a ciência explicaria tudo no mundo e ninguém mais precisaria de religião. O filósofo alemão Nietzsche disse “Deus está morto”. Hoje já sabemos que matar Deus não é tão fácil e que as verdades científicas não fazem necessariamente as pessoas deixar de lado suas idéias religiosas. Apesar disso, o que não falta é gente tentando juntar ciência e religião “na marra”, como os defensores do design inteligente, que nada mais é do que o velho criacionismo vestido de ciência.

Para saber mais
Deus, um Delírio

Richard Dawkins, Companhia das Letras, 2007.

Quebrando o Encanto

Daniel Dennett, Globo, 2006.

O Fim da Fé

Sam Harris, Tinta da China, Portugal, 2007.

Estou Lendo



Publicado nos Estados Unidos por uma editora pequena, A Cabana se revelou um desses livros raros que, através do entusiasmo e da indicação dos leitores, se tornou um fenômeno de público - mais de dois milhões de exemplares vendidos - e de imprensa.
Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mack Allen Phillips é raptada e evidências de que ela foi brutalmente assassinada são encontradas numa cabana abandonada.
Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o para voltar à cabana onde aconteceu a tragédia.
Apesar de desconfiado, ele vai ao local do crime numa tarde de inverno e adentra passo a passo no cenário de seu mais terrível pesadelo. Mas o que ele encontra lá muda o seu destino para sempre.
Em um mundo tão cruel e injusto, A Cabana levanta um questionamento atemporal: se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento?
As respostas que Mack encontra vão surpreender você e podem transformar sua vida de forma tão profunda quanto transformou a dele. Você vai querer partilhar este livro com todas as pessoas que ama.

Botando banca

Uma produtora sociocultural na periferia de São Paulo usa o hip hop para educar e profissionalizar jovens carentes

por Tatiane Ribeiro


Botando Banca. Uma produtora sociocultural na periferia de São Paulo usa o hip hop para educar e profissionalizar jovens carentes
Crédito: Filipe Redondo

A cultura de rua contestadora, que aborda violência, preconceito e exclusão, levou Marcelo Silva Rocha, o DJ Bola, a fundar A Banca, uma produtora sociocultural de hip hop no Jardim Ângela, na zona sul da cidade de São Paulo, em 2000. O bairro, em que Bola nasceu e cresceu, já foi considerado um dos mais violentos do mundo — era marcado por brigas de gangues e homicídios quando o DJ começou o trabalho. Bola e seus parceiros tinham uma ideia oposta de como deveria ser o lugar que viviam. Passaram, então, a usar os shows e ensaios abertos dos DJs e grupos musicais do bairro para integrar a comunidade e afastar as pessoas da violência. “Levamos cultura para onde não existia”, diz Márcio Teixeira da Silva, mais conhecido como Makrrão, o tesoureiro do grupo.

Hoje, A Banca é formada por quatro amigos. Além do Makrrão e do DJ Bola, que ocupa a presidência, Alexandre Oliveira — o Negro Antão, e Alan Benelli, conhecido como Alan Shark, trabalham nos diversos projetos da organização. Todos são focados na divulgação da cultura hip hop e de seus quatro elementos: o rap (geralmente cantado pelo MC, que faz “efeitos” sonoros com a boca), a discotecagem (feita pelo DJ), a breakdance (performances de dança de rua) e o grafite (os desenhos nos muros fazem parte da cultura também). Com o objetivo de incentivar talentos locais, A Banca promove dois tipos de shows. Os maiores costumam atrair 5 mil pessoas e têm como chamariz a apresentação de nomes famosos na cena do rap e do hip hop, como os grupos RZO, Ao Cubo e Z'África Brasil. Outro evento, o itinerante Ensaio Aberto, mistura apresentações curtas com workshops sobre a cultura das ruas.

Os participantes que querem se aprofundar na história podem fazer parte das oficinas de DJ, MC e violão ministradas toda semana na garagem da casa do DJ Bola, a sede da organização. Desde 2007, já se formaram mais de 600 jovens da comunidade. “Nos preocupamos em levar conscientização e mostrar que o hip hop pode ser uma ferramenta de sobrevivência”, diz o fundador. Foi o que aconteceu com Rodrigo Alves Araújo, o DJ Zé Bola (qualquer semelhança com seu mentor é mera coincidência). Em 2008, o jovem entrou como aluno na oficina de DJ. Logo passou a dar aulas de discotecagem e hoje, aos 21 anos, tem seu próprio projeto cultural, o Lá do Morro. “Sinto gratificação pelo meu trabalho”, diz Zé Bola.

O lado educacional do grupo também envolve parceria com instituições sociais do bairro, como o Centro Maria-Mariá de Formação e Requalificação Profissional da Mulher. Com isso, A Banca promove em seus eventos discussões sobre a importância do resgate da cultura popular, da atuação política e da participação das mulheres no hip hop. Os integrantes da produtora trabalham ainda em campanhas diretas de educação e saúde. Munidos de equipamentos de som, volta e meia a turma ocupa praças e quadras esportivas da vizinhança e usa o microfone para transmitir informações úteis sobre saúde e serviço público a quem passa por perto. “Somos parte dessa juventude, temos o mesmo estilo, a mesma linguagem e conseguimos chegar até eles e explicar a importância de se cuidar”, afirma Makrrão.

Cientes do impacto desse trabalho, os quatro amigos que formam A Banca desenvolvem novos projetos. Em 2010 concretizaram mais um, o Poetas Escondidos, em que mais de 70 pessoas da comunidade participaram da gravação de um CD. “Além de fazer o bem para as pessoas, fazemos o bem a nós mesmos”, diz Bola. “Moramos aqui, nossos filhos e netos continuarão aqui e por isso lutamos para que eles tenham respeito e mais consciência em busca da qualidade de vida.” Falou bonito.

Ace Infiniti





Meu amigo aice infiniti do Tennessee - USA

Website: http://myspace.com/aceinfiniti

As Raizes do NAZISMO


Em julho de 2005, Elliot Stein, um jovem de 23 anos do Brooklin, Nova York, jantava com sua namorada num restaurante à beira-mar em Nova Jersey. Após o jantar, o senhor Stein recebeu a conta e ficou chocado com o que viu. Na nota estavam rabiscadas as seguintes palavras: casal judeu. Ao reclamar, disseram-lhe que a anotação fora feita para que a garçonete identificasse a mesa do casal. Mais tarde naquele mês, a mesma anotação apareceu em seu extrato do cartão de crédito.

A Procuradoria Geral de Nova Jersey abriu uma investigação a respeito. Quatro anos antes desse incidente, o embaixador da França na Grã-Bretanha, Daniel Bernard, participou de um jantar festivo em Londres, durante o qual se referiu ao Estado de Israel como “aquele paisinho de m****”.1 Será que esses incidentes são meras aberrações isoladas? Se você fizer uma pesquisa pela internet em busca da expressão anti-semitismo verá que não são. O mundo tem testemunhado um aumento alarmante no número de incidentes anti-semitas, inclusive ataques contra cemitérios, sinagogas, empresas e estabelecimentos comerciais de judeus. Segundo uma recente pesquisa feita pela Anti-Defamation League (Liga Antidifamação), doze países europeus são fortemente anti-semitas.

2 Em agosto de 2005, o papa Bento XVI ratificou tais constatações ao declarar que “hoje em dia, lamentavelmente, estamos testemunhando o surgimento de novos indícios de anti-semitismo”.
3 A comunidade judaica ao redor do mundo observa com muita preocupação esse clima que relembra a Alemanha nazista antes do Holocausto. Naquela época, as ocorrências, parentemente isoladas, eram apenas o prenúncio do que estava por vir: o anti-semitismo da pior espécie que se podia imaginar – a aniquilação planejada de 6 milhões de judeus. O mesmo sentimento que levou ao Holocausto está ressurgindo na atualidade.

O legado de Martim Lutero

Dois fatos indiscutíveis permeiam as Escrituras Sagradas: (1) Deus escolheu o povo judeu para
ser o Seu povo; (2) Ele decidiu dar a esse povo um território específico (a terra de Israel) por direito perpétuo. Infelizmente, surgiu uma certa teologia que rejeita esses fatos. Tal teologia segue o seguinte pensamento: Em virtude do povo judeu ter rejeitado a Jesus como seu
Messias, ele perdeu o direito às promessas que lhe foram feitas.

Essa concepção originou-se em 321 d.C. durante o reinado de Constantino, o qual declarou o Cristianismo como religião oficial do Império Romano. Muitos criam que os judeus eram semelhantes a Judas, que traiu Jesus. Judas foi amaldiçoado. Então, chegaram à conclusão de que os judeus são amaldiçoados e de que Deus, portanto, os rejeitou e não quer mais saber deles. Essa teologia alega que Deus escolheu um outro povo (a Igreja) e um outro lugar: Roma. Até a grande emancipação ocorrida no século XVIII, a Igreja [Católica] chegou mesmo a incentivar os gentios a agirem contra os “assassinos de Cristo”. Durante anos a Igreja [Católica] ensinou que os judeus eram inimigos odiosos de Deus e rebeldes, culpados pelo assassinato do Filho de Deus.

Esses “cristãos” instigaram reinos a elaborar leis que obrigassem o povo judeu a usar emblemas distintivos em suas roupas, a viver separados dos gentios em guetos e, se necessário, a serem expulsos para que a ordem social fosse preservada. A história eclesiástica está repleta de exemplos de clérigos que ridicularizaram
o povo judeu; Inácio, Justino Mártir, João Crisóstomo e Gregório de Nissa são apenas alguns
deles. Eles criam que o pecado dos líderes judeus de exigir a morte de Jesus passou ao povo judeu para sempre.

De todos os líderes da Igreja, verdadeiramente nascidos de novo, que assumiram tal posição, nenhum causa mais tristeza do que Martim Lutero, o grande reformador nascido na Alemanha. Embora tenha escrito muitos tratados maravilhosos para benefício dos crentes em Cristo, Lutero era um anti-semita ferino. Em seu livro intitulado On the Jews and Their Lies (Quanto aos Judeus e Suas Mentiras), ele retratou os judeus como “peçonhentos”,
“vermes miseráveis” e “bichos nojentos”, 4 além de incentivar a violência contra eles:

Uma teologia surgida em 321 d.C. alega que Deus rejeitou Israel
e escolheu um outro povo (a Igreja) e um outro lugar: Roma.

O que nós, cristãos, devemos fazer com os judeus, esse povo rejeitado e condenado? Incendiar suas sinagogas ou suas escolas e [...] enterrar e cobrir de entulho tudo o que não for destruído pelo fogo, para que ninguém mais veja uma pedra ou as cinzas deles [...]. Eu recomendo que suas casas sejam arrasadas e destruídas [...] que todos os seus livros de oração e escritos talmúdicos
[...] sejam confiscados, [...] que seus rabinos sejam proibidos de ensinar
[...] Recomendo a suspensão do salvo- conduto para os judeus nas estradas [... e] que todos os seus valores em dinheiro, bem como seus tesouros em ouro e prata, sejam confiscados.5 O que o levou a escrever de maneira tão desprezível? Ele cria que “depois do Diabo, não há inimigo mais cruel, mais venenoso e violento do que um verdadeiro judeu”.6 As críticas violentas de Lutero contra os judeus foram muitas vezes recicladas como justificativa para o anti-semitismo. Elas ainda são usadas até hoje.


A obsessão pelo nacionalismo

Quando Napoleão levou a França à vitória contra a Alemanha no final do século XVIII, os franceses ocuparam o território alemão por vinte e cinco anos. Durante esse tempo, eles propagaram os ideais do Iluminismo, que davam ênfase à razão, ao progresso do conhecimento, à liberdade e à justiça para todos os cidadãos. Os judeus na Alemanha se tornaram beneficiários do pensamento “iluminista”.

O povo alemão, com ódio da ocupação francesa, ofendeu- se com os benefícios estendidos ao povo judeu. Entre os alemães surgiram dois filósofos, ambos ferrenhos nacionalistas: Conhecido como o pai do nacionalismo alemão, Johann Gottlieb Fichte ensinava filosofia na Universidade de Berlim. Ele considerava os judeus como corruptos, uma ameaça
à riqueza da herança e às habilidades do povo alemão.

Caracterizava a comunidade judaica como “um poderoso Estado [que] se estende por quase todos os países da Europa, o qual tem intenções hostis e se envolve constantemente em disputas com todos os outros países”.7 Com a morte de
Fichte em 1814, o manto nacionalista não poderia ter caído sobre ninguém mais do que Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Para Hegel, o Estado (a Alemanha) era tudo e servia como um purificador moral. Transcendia a importância de qualquer indivíduo. Hegel ainda dizia que todo cidadão alemão tinha a responsabilidade e o dever de servir ao Estado. A partir de então, os judeus foram vistos como “os outros”, estranhos ao Estado alemão.

Os símbolos alemães foram usados publicamente contra os judeus em manifestações. Em 1819 estouraram violentos distúrbios anti-semitas e as multidões cantavam em coro: “Morte e destruição a todos os judeus!”8 A barreira de separação entre judeus e alemães aumentou. Os alemães foram desafiados a adotar o Volk (povo), um conceito que incorporava a essência germânica.

Maior do que apenas o povo, maior do que a terra, a cultura ou a tradição, o Volk personificava a alma do povo alemão, seu senso de participação e seu destino comum. A mentalidade do Volk, associada à postura religiosa de que o Povo Escolhido de Deus fora amaldiçoado na condição de assassino de Cristo, instilou medo no povo judeu e fez com que ele estivesse sempre sob suspeita. Christian Lassen (1800-1876), professor da matéria de Civilizações Antigas na Universidade de Bonn, afirmou categoricamente que o povo semita é inerentemente “interesseiro e xclusivista”.

9 O filósofo alemão Paul Lagarde (1827-1891) descreveu os judeus como uma bactéria atogênica: Uma pessoa teria que ter um coração tão duro quanto o couro de um crocodilo para não sentir pena dos pobres e explorados alemães e [...] para não odiar os judeus e desprezar aqueles que – desprovidos de sentimento humano – defendem esses judeus ou são muito covardes para pisar e esmagar essa gente usurária até a morte. Com vermes parasitas e bactérias não se negocia, nem devem tais vermes e bactérias ser instruídos; eles precisam ser exterminados completamente o mais rápido possível.

Quando Napoleão levou a França à vitória contra a Alemanha no final do século XVIII, os franceses ocuparam o território alemão por vinte e cinco anos. Durante esse tempo, eles propagaram os ideais do Iluminismo, que davam ênfase à razão, ao progresso do conhecimento, à liberdade e à justiça para todos os cidadãos.

Dois importantes livros também acenderam mais as chamas do sentimento
antijudaico. Foundations of the 19th Century (Fundamentos do Século XIX), de C. S. hamberlain, sempre foi considerado “a Bíblia dos racistas”.11 Chamberlain exercia grande fascínio sobre as
massas com suas “provas” falsificadas a respeito da superioridade da raça ariana e dizia que os judeus “se alimentavam deles [dos alemães] e sugavam – em todos os níveis sociais – a sua força vital”.12 No livro Foundations of the 19th Century, ele escreveu que: (1) os judeus eram hostis e corrompiam a civilização; (2) Os arianos eram os responsáveis por todas as contribuições importantes para a civilização; (3) Jesus não tinha sido judeu, mas ariano.

(4) A análise da isionomia era uma ciência legítima capaz de predizer o caráter por traços físicos. Esse livro vomitava jargões religiosos anti-semitas que, na maioria das vezes, eram citações dos escritos
de Martim Lutero. Publicado em 1895, o livro chegou à marca de 28 edições até 1942, “com mais de 250 mil conjuntos de dois volumes” vendidos, segundo escreveu David A. Rausch em A egacy
of Hatred (Um Legado de Ódio).13 Duas pessoas extremamente versadas no livro de Chamberlain foram o Kaiser (imperador) Guilherme II e, mais tarde, Adolf Hitler. A segunda obra literária de maior relevância foram Os Protocolos dos Sábios de Sião.

Essa pouca vergonha sinistra afirmava que havia (e que ainda há) uma conspiração judaica para assumir o controle do mundo. Originalmente escrito por Maurice Joly em 1864 para delinear o desejo de Napoleão de controlar o mundo, o livro foi, mais tarde, fraudulentamente forjado para se transformar nos infames Protocolos, através da substituição da palavra francês e suas correlatas, pelo termo judeu e seus semelhantes. Essa obra influenciou profundamente o povo alemão, levando muitas pessoas a crer no engodo de que um grupo de judeus agia secretamente para se apoderar da Alemanha e do mundo.

Em 1927, Henry Ford, o magnata da indústria automobilística, publicou trechos extraídos dos Protocolos dos Sábios de Sião no jornal The Dearborn Independent.
Tais pensamentos levaram à proliferação das opiniões anti-semitas na Alemanha. Em 1879, o
historiador alemão Heinrich von Treitschke publicou uma série de artigos anti-semitas, o último deles intitulado: “The Jews Are Our Misfortune” (“Os Judeus São a Nossa Desgraça”).14 O livro dele instigou 250 mil pessoas a fazerem um abaixo-assinado exigindo que os judeus fossem proibidos de assumir cargos governamentais ou de ensino.

15 Os políticos locais começaram a utilizar essa plataforma ideológica anti-semita em suas campanhas, ao declararem que protegeriam a Alemanha do perigo representado pelos judeus, os quais, segundo eles, contaminavam a sociedade. Requerimentos circularam no intuito de coibir a imigração judaica. Em 1890, Hermann Ahlwardt conquistou um assento no Reichstag (o Parlamento alemão) embasado na plataforma política-ideológica de que os judeus eram uma epidemia de cólera, bacilos patogênicos e feras predadoras. Em resposta, os judeus tentaram demonstrar sua lealdade aos alemães. O Judaísmo Reformado (liberal) tinha começado na Alemanha, em parte como uma maneira dos judeus manterem sua identidade judaica, aparentando, todavia, um jeito de ser mais gentílico.


O Kaiser (imperador) alemão Guilherme II era extremamente versado no livro de Chamberlain. Mais tarde, o mesmo ocorreu com Adolf Hitler.

Muitos Judeus procuraram ser menos distintivos no seu caráter judaico e começaram a se misturar na sociedade ao levar uma vida mais contextualizada, preservando, porém, a sua identidade.

A amargura da derrota

Em 28 de junho de 1919, derrotada e humilhada depois de uma guerra terrivelmente custosa, a Alemanha foi forçada a assinar sua rendição em Versalhes, na França. As condições de paz impostas pelo Tratado de Versalhes, obrigaram a Alemanha a abrir mão da ideologia do Volk que tão ardentemente adotara, bem como levaram os alemães a admitir que foram os únicos ulpados
por aquela que posteriormente ficou conhecida como a I Guerra Mundial.

A Alemanha foi obrigada a reduzir seu exército para 100 mil homens, teve que devolver territórios e pagar indenizações. A região da Alsácia-Lorena foi restituída à França; os territórios conquistados por Otto von Bismarck foram devolvidos à Bélgica, Dinamarca e Polônia. Indenizações foram fixadas no valor de 132 bilhões de marcos de ouro, “ou cerca de 33 bilhões de dólares, uma soma praticamente impossível de ser paga por eles”.

16 A sexta parte de toda a população de judeus da Alemanha, aproximadamente 100 mil pessoas, lutou bravamente pelo seu país na guerra e 12 mil deles perderam sua vida. Entretanto, a culpa pela derrota foi colocada nos judeus. Circularam acusações de que os soldados judeus não lutaram pela Alemanha, mas sim para “assumir o controle da nação”.17 Em conseqüência da derrota, [o imperador Guilherme II abdicou] e a forma de governo adotada na Alemanha passou a ser a República de Weimar. Enquanto alguns alemães aceitaram essa nova república, outros ficaram amargurados pela humilhação sofrida em Versalhes. Um dos soldados que sobreviveram à guerra achou o gosto da derrota amargo demais; o nome dele era Adolf Hitler.

A Alemanha foi preparada para dar as boas-vindas a um líder imbuído do orgulho da entalidade do Volk, que a livraria daquelas criaturas traiçoeiras (os judeus). Em 1933, surgiu um homem
determinado a fazer exatamente isso. Seu nome era Adolf Hitler.

O caos econômico

Em virtude das pesadas indenizações que tinham de ser pagas, a economia alemã cambaleou. A inflação subiu como um foguete para o espaço.

Em 1919, nove marcos alemães valiam um dólar. Por volta de 1923, esse mesmo valor equivalia à assombrosa quantia de 4,2 trilhões de marcos. O presidente Paul von Hindenburg conseguiu renegociar o pagamento das indenizações com os Aliados e estabelecer medidas de controle da inflação pela emissão de uma nova moeda, o Reichsmark.

O país começou a progredir. Apesar do clima anti-semita, os judeus também prosperavam. Então aconteceu a quebra das bolsas de valores em 1929. O incidente gerou desemprego, que produziu desânimo, que criou ressentimento e fez com que todos visassem os judeus. Em muitos círculos religiosos, sociais, políticos e acadêmicos, a própria existência do povo judeu se tornou a desculpa para todos os problemas da Alemanha.

Os alemães acreditavam que se conseguissem resolver o “problema” judeu, todos os seus outros problemas desapareceriam. O país foi preparado para dar as boas-vindas a um líder imbuído do orgulho da mentalidade do Volk, que o livraria daquelas criaturas traiçoeiras. Esses “inimigos” do Reich tinham que ser identificados, isolados e eliminados sem que a Alemanha se sentisse culpada. Em 1933, surgiu um homem determinado a fazer exatamente isso. Seu nome era Adolf Hitler.

(Israel My Glory)
fonte: Revista Notícias de Israel