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23 de outubro na história - o cargueiro brasileiro Macau

Fontes: 

Notas: O navio cargueiro Macau foi inicialmente o navio de desembarques de carros de combate (NDCC) da classe LST 511-1152, construído pelo estaleiro Bravo & Co., Estados Unidos, entrando em serviço na Marinha Americana, participando da II Guerra Mundial.
Vendido para o armador Companhia de Navegação São Jorge, Rio de Janeiro, RJ, quando foi convertido para navio mercante e transferido para a bandeira brasileira, sendo renomeado Macau, porto de registro Rio de Janeiro.
O navio havia saído do porto de Cabedelo, na Paraíba, com destino ao porto de São Luís.

Há 102 anos, o cargueiro brasileiro Macau era torpedeado por um submarino alemão em águas internacionais, perto da costa da Espanha. O ataque gerou uma comoção popular no Brasil contra a Alemanha, e foi o estopim para a entrada do país na Primeira Guerra Mundial. A partir do ataque, o Brasil passou a apoiar o Reino Unido, França e Império Russo, e declarou guerra á Tríplice Aliança, formada pelo Império Alemão, Áustria, Hungria e Itália.

No Brasil, o confronto ficou conhecido como a "Guerra de 14" em alusão ao ano de 1914. Antes, já havia rompido as relações com o império alemão justamente após incidentes envolvendo navios brasileiros.

Mas foi após o 23 de outubro de 1917, dia do ataque ao cargueiro Macau, que os brasileiros pressionaram o governo brasileiro tomar uma atitude e o país entrou na guerra. 


A partir de então, por um lado, sob a liderança de Ruy Barbosa, os nacionalistas radicalizaram as agitações com comícios exigindo o apoio aos aliados com ações para por fim ao conflito. 

Outra frente com sindicalistas e intelectuais, como Monteiro Lobato, criticavam a possibilidade de convocar militares para a guerra, uma vez que a medida desviava a atenção do país dos problemas internos.

Diante do debate, em que se questionavam os conflitos internos e a falta de uma estrutura militar adequada, a participação do Brasil no conflito foi restrita. 

Enviou ao front ocidental, em 1918, um grupo de aviadores do Exército e da Marinha que foi integrado à Força Aérea Real Britânica. 

Também foi enviado um corpo médico-militar composto por oficiais e sargento do exército, que foi integrado ao exército francês. Os médicos-militares brasileiros prestaram serviços na retaguarda, bem como no front.

Coube a Marinha a maior participação militar brasileira no conflito. Uma esquadra naval do país foi fazer a patrulha da costa noroeste da África a partir de Dakar, no Senegal , e o Mar Mediterrâneo começando pelo estreito de Gilbratar, com o objetivo de evitar a ação dos submarinos inimigos.

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