quarta-feira, 13 de abril de 2011

Período em que Deus parou de Falar....

Pergunta: "O que aconteceu no período intertestamentário?"


Resposta: O tempo entre a última parte do Velho Testamento e a aparição de Cristo é conhecido como o período intertestamentário (ou entre os testamentos). Porque não teve nenhuma palavra profética de Deus durante esse período, alguns o chamam de “400 anos de silêncio”. A atmosfera política, religiosa e social da Palestina mudou significantemente durante esse período. Muito do que aconteceu foi predito pelo profeta Daniel (veja Daniel capítulos 2,7,8 e 11 e compare os eventos históricos).

Israel estava sob controle do Império Persa entre 532-332 A.C. Os Persas deixaram os judeus praticarem sua religião com pouca interferência. Eles até tiveram permissão para reconstruir e adorar no templo (2 Crônicas 36:22-23; Esdras 1:1-4). Esse período inclui os últimos 100 anos do período do Velho Testamento e mais ou menos os primeiros 100 anos do período intertestamentário. Esse período de paz e contentamento relativos foi calmo bem antes da tempestade.
Alexandre o Grande derrotou Dário da Pérsia, trazendo o reinado grego ao mundo. Alexandre foi um aluno de Aristóteles e era bem educado na filosofia e política gregas. Ele exigiu que a cultura grega fosse promovida em todo território conquistado. Como resultado, o Velho Testamento hebraico foi traduzido ao grego, tornando-se a tradução conhecida como a Septuaginta. Alexandre permitou liberdade religiosa aos judeus, apesar de fortemente promover estilos de vida gregos. Isso não foi uma boa direção dos eventos para Israel, já que a cultura grega era uma ameaça a Israel por ser muito humanística, mundana e que não agradava a Deus.

 
Depois que Alexandre morreu, a Judéia foi reinada por uma série de sucessores, culminando com Antióquio Epifanes. Antióquio fez muito mais do que apenas recusar liberdade religiosa aos judeus. Mais ou menos 167 A.C., ele aboliu a linha do sacerdócio e profanou o templo com animais impuros e um altar pagão (veja Marcos 13:14). Isso foi uma espécie de estupro religioso. Eventualmente a resistência judaica a Antióquio restaurou os sacerdortes e resgatou o templo. O período que seguiu, no entanto, foi um de guerra e violência.

Mais ou menos 63 A.C, Pompeu de Roma conquistou a Palestina, colocando toda Judéia sob o controle de César. Isso eventualmente fez com que o imperador romano e senado fizessem de Herodes o rei da Judéia. Essa seria a nação que muito exigiu dos judeus, controlando-os demasiadamente e eventualmente executando o Messias na cruz romana. As culturas romana, grega e hebraica agora estavam misturadas na Judéia, com todas as três línguas faladas comumente.

Durante o período de ocupação grega e romana, dois grupos politicos e religiosos bastante importantes passaram a existir. Os Fariseus adicionaram à Lei de Moisés através de tradição oral – eventualmente considerando suas próprias leis como sendo mais importantes (veja Marcos 7:1-23). Enquanto as ensinamentos de Cristo frequentemente concordavam com os dos fariseus, Ele era contra seu legalismo e falta de compaixão. Os Saduceus representaram os aristocratas e ricos. Os Saduceus, os quais tinham bastante poder através do Sinédrio (algo parecido com a Suprema Corte), rejeitaram todos os livros do Velho Testamento menos os Mosáicos. Eles se recusaram a acreditar na ressurreição, e eram como uma sombra dos gregos, a quem admiravam grandemente.

Essa coleção de eventos que preparam o palco para a vinda de Cristo teve uma grande influência no povo judeu. Os judeus e pagãos de outras nações estavam descontentes com religião. Os pagãos estavam começando a questionar a validez do politeísmo. Romanos e gregos se afastaram de suas mitologias em direção às Escrituras, as quais podiam ser lidas em grego e Latim. Os judeus, no entanto, estavam desanimados com a situação. Mais uma vez eles foram conquistados, oprimidos e poluídos. A esperança estava nas últimas, fé mais ainda. Eles estavam convencidos de que a única coisa que podiam salvar a eles e a sua fé era a aparição do Messias.

O Novo Testamento conta a história de como a esperança surgiu, não só para os judeus, mas para o mundo inteiro. A realização de Cristo das profecias foi antecipada e reconhecida por muitos que O procuraram. As histórias do centurião romano, dos reis magos e do fariseu Nicodemos mostram como Jesus foi reconhecido como o Messias por aqueles que viveram no Seu tempo. Os “400 anos de silêncio” foram quebrados pela história mais maravilhosa jamais contada – o Evangelho de Jesus Cristo!

Um comentário:

LOL disse...

Gostei muito da forma simples e clara que você resumiu a história desde o fim da Babilônia e a ressurreição de Cristo. Se tiver um tempo poderia fazer outro resumo desde o destino de todos os apóstolos, a conversão de Saul, o fim da perseguição aos Judeus de Constantino, a Bíblia e o surgimento do sistema Papal? Grata. Luzia Laffoux