Meninos da República




Fotos: Marcelo Min
Música: aiceman

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Letra:

Noite escura se finda brisa fria com cola aqueço o meu corpo nú
Estou com medo, mas já é rotina seu eu não morre amanhã será um novo dia.

Hei bom dia começo a correria e me acordo com um balde de água fria
Atordoado com o colchão mão comerciante ecoa no refrão

Filhos das trevas sumam daqui repelem a freguesia envergonham a cidade
E a caridade que fiquem pros covardes não vou sustentar vagabundo ou malandragem

Vichi vou subir lá na Sé que talarica não vou amontoa garanto a minha a fita
Os gigante ao redor as pessoa a trabalhar a brisa da cola demoro di passa

Eu vou bote quem sabe um café uma coca cola seria melhor que uma esmola
Um trocado um real Tio cola cum nois prometo nunca mais se ouvir a minha voz

O que eu faço por comida que merda um dia eu saio desse vida megera

Ou então meto os cano vou pra cima do sistema
Casa de correção pra mim não é problema

Pior do que isso apanhar e de funcionário ou morrer na cela enforcado

A saída aqui na rua e vender crack ou fugi dos policia quando rouba táxi

Não, não por aqui meu senhor turista tem que ser bem tratado moro
Imagino o Eslogan lá na Europa o Brasil terra com pivete jogando bola

Mais é assim que funciona o esquema pouco dinheiro resolvia o meu problema
Carinho amor palavras abstratas constroem presídios e montam barricadas

Achava que a vida seria mais bela assim quando chovia brincava na guerra

Não sei quando começou mas eu nasci nela aborto mal sucedido o estado interna

E fácil como dor de cabeça mas o remédio não cura enxaqueca
Sejam bem vindos ao mundo suburbano meninos da república vagueiam pelos cantos

Refrão 3x

Quero viver
Quando crescer quero ter
Uma casinha pra mim
E um brinquedo assim

Seria como eu andar
E nunca me machucar
Minha infância eu perdi
Eu só queria fugir
Break

Crescer quero ter
Uma casinha pra mim
E nunca me machucar
Eu só queria fugir

Onde está o estatuto da criança
Onde está o dinheiro que se ganha
Onde está o valor do ser humano
Onde está a vergonha da sociedade
Que no quarto de despejo jogam
Os filhos dessa mãe gentil

Pátria amargurada
E que o sangue não seja das almas inocentes

Caldeirões incandescentes
Caiam sobre nossas mentes
Pois não ficaremos para sementes



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Leia



Charles Bukowski nasceu na Alemanha em 1920 e morreu nos Estados Unidos em 1994. Veio para a América com dois anos e tornou-se um dos maiores poetas e ficcionistas dos Estados Unidos. Santo padroeiro dos bêbados escritores, escreveu, entre outros clássicos, Cartas na rua, Mulheres, Crônica de um amor louco, Fabulário geral do delírio cotidiano, Notas de um velho safado, Hollywood (argumento do filme Barfly, direção de Barbet Schroeder, com Mickey Rourke e Faye Dunaway), a novela Pulp e o O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio, livro confessional e seu último trabalho publicado antes de morrer. Sua obra poética é vasta e jamais foi traduzida no Brasil. A diferença entre Bukowski e outros malditos é que ele não foi um mártir, nem um anjo caído. Às vezes, quando cai, cai atirando, sem autopiedade. Alguns de seus diálogos são memoráveis, e a violência de sua linguagem geralmente oculta uma indisfarçável ternura pelos perdedores e excluídos. Numa fria é Bukowski puro: uma preciosa coletânea de contos, gênero ao qual ele se dedicou mais intensamente.

Borracha na ExpoCrista




Meu mano de FÉ Borracha Bitch Box - tirando uns sons.

Pra quem não sabe, o Borracha lançou um DVD (independente) de Bitch Box Més passado lá na Kenned.

Visitem sua página no youtube
http://www.youtube.com/watch?v=k8q62tyvkKA

E isso ai muleke da hora!!!

Bonecos de Lost

Nossa olha o que eu achei!


A primeira linha dos bonecos já está pronta! A novidade só chega ao mercado americano em novembro. A McFarlane Toys, que está fabricando os brinquedinhos, montou um estande na Comic-Con - uma importante feira de quadrinhos nos Estados Unidos - e exibiu com orgulho, as versões de Jack, Kate e cia em miniatura. Mas não vai ter jeito, todo mundo vai ter que esperar um pouco antes de colocar algum (ou vários) dos sobreviventes na estante de casa. E por enquanto só Jack, Kate, Hurley, Locke, Shannon e Charlie estarão nas lojas. Todos com acessórios.
Veja as fotos:


















Que loko, vou começar a guardar dinheiro (rs)
fonte: Lost Download

Livro do Preto Ghóez



Em abril de 2006 saiu este livrete com um capítulo do livro de Preto Ghoes ( A SOCIEDADE DO CÓDIGO DE BARRAS).
Segundo fontes seguras, o livro será lançado em dezembro deste ano(2007) editora ainda não divulgada.
Quem esta a frente deste trabalho é sua esposa Miriam Bezerra apoiada por Adunias (estação hip hop), Ferréz e MHHOB (Movimento Hip Hop Organizado Brasileiro).

Obs: Assim que tiver mais informações comunico.

Preto Ghoes, it is in peace. Nossas conversas trago na memória o no coração...


Sobre o Autor

Márcio Vicente Goes nasceu em São Luiz do Maranhão, no dia 8 de outubro de 1971. Preto Ghóez, como era conhecido por todos era filho de um relacionamento de Maria José Montes Mulato (Dona Zezé) com Vicente Ferrer Costa Goes. O menino cresceu nas ruas da Areinha vendo a miséria espalhada na terra que ainda hoje é comandada pela família Sarney.
Ghóez, logo, cedo, como sempre acontece com as famílias desprovidas de recursos, teve que ajudar no orçamento doméstico para completar a renda da família. Com isso ia embora parte de sua infância, trocada pelo trabalho infantil. Prática comum em lugares esquecidos por Deus e pelos governos.
Aos 15 anos era funcionário exemplar no Banco do Desenvolvimento do Maranhão como menor aprendiz. Um emprego conquistado através da Bolsa Trabalho. Garato estudioso aprendeu desde cedo que o jogo da vida, além de ser desleal, tem as cartas marcadas. Precisava ser astuto para poder furar o bloqueio.
Em 93 conheceu o Hip Hop e, motivado pelo chamamento contido em "Voz Ativa", do Racionais Mcs, entrou no movimento para nunca mais sair. Foi fundador do MHHOB(Movimento Hip Hop Organizado Brasileiro) e integrante do grupo Clãnordestino. Viveu com a sua companheira Miriam e teve três filhos: Gabriela Dandara, Malcolm X e Dênis Michel.
Aficcionado pela escrita, Preto Ghóez contribuiu com textos para diversas publicações nacionais e, movido por essa facilidade em escrever, produziu o romance "A Sociedade do Código de Barras", uma história que pretendia contar em três volumes: " O mundo dos Mesmos", "Transeuntes" e "Os Diferentes". Deixou pronto somente o primeiro volume da trilogia.

Grandes Cordelistas (sessão 1)

Apolônio Alves dos Santos
Natural de Guarabira, PB, transferiu-se para o Rio de Janeiro no ano de 1950, onde exerceu a profissão de pedreiro, até viver da sua poesia. Seu primeiro folheto foi "MARIA CARA DE PAU E O PRÍNCIPE GREGORIANO", publicado ainda em Guarabira.

Faleceu em 1998, em Campina Grande, na Paraíba, deixando aproximadamente 120 folhetos publicados e acreditando ser o folheto "EPITÁCIO E MARINA", o mais importante da sua carreira de poeta cordelista.

Leia A Discussão do Carioca com o Pau-de-Arara.



Arievaldo Viana Lima
Poeta popular, radialista e publicitário, nasceu em Fazenda Ouro Preto, Quixeramobim-CE, aos 18 de setembro de 1967. Desde criança exercita sua verve poética, mas só começou a publicar seus folhetos em 1989, quando lançou, juntamente com o poeta Pedro Paulo Paulino, uma caixa com 10 títulos chamada Coleção Cancão de Fogo. É o criador do Projeto ACORDA CORDEL na Sala de Aula, que utiliza a poesia popular na alfabetização de jovens e adultos. Em 2000, foi eleito membro da ABLC, na qual ocupa a cadeira de nº 40, patronímica de João Melchíades Ferreira. Tem cerca de 50 folhetos e dois livros públicados: O Baú da Gaiatice e São Francisco de Canindé na Literatura de Cordel.

Leia História da Rainha Esther.